30 de dez. de 2011
Se...
Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo o mundo ao redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para esses no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso;
Se és capaz de pensar -sem que a isso só te atires;
De sonhar -sem fazer dos sonhos os teus senhores;
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
Tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
E o que é mais - tu serás um homem, ó meu filho!
Autor: Rudyard Kipling (1865-1936)
23 de nov. de 2011
Pequeno Perfil de Um Cidadão Comum
Linda canção escrita por Belchior, aqui deixo a releitura de Toquinho! Nada mais que o retrato do povo brasileiro, trabalhador e esperançoso!
Degustem cada segundo!
Era um cidadão comum como esses que se vê na rua
Falava de negócios, ria, via show de mulher nua
Vivia o dia e não o sol, a noite e não a lua
Acordava sempre cedo (era um passarinho urbano)
Embarcava no metrô, o nosso metropolitano...
Era um homem de bons modos:
"Com licença; - Foi engano"
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
Que caminha para a morte pensando em vencer na vida
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
Que tem no fim da tarde a sensação
Da missão cumprida
Acreditava em Deus e em outras coisas invisíveis
Dizia sempre sim aos seus senhores infalíveis
Pois é; tendo dinheiro não há coisas impossíveis
Mas o anjo do Senhor (de quem nos fala o Livro Santo)
Desceu do céu pra uma cerveja, junto dele, no seu canto
E a morte o carregou, feito um pacote, no seu manto
Que a terra lhe seja leve
Falava de negócios, ria, via show de mulher nua
Vivia o dia e não o sol, a noite e não a lua
Acordava sempre cedo (era um passarinho urbano)
Embarcava no metrô, o nosso metropolitano...
Era um homem de bons modos:
"Com licença; - Foi engano"
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
Que caminha para a morte pensando em vencer na vida
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
Que tem no fim da tarde a sensação
Da missão cumprida
Acreditava em Deus e em outras coisas invisíveis
Dizia sempre sim aos seus senhores infalíveis
Pois é; tendo dinheiro não há coisas impossíveis
Mas o anjo do Senhor (de quem nos fala o Livro Santo)
Desceu do céu pra uma cerveja, junto dele, no seu canto
E a morte o carregou, feito um pacote, no seu manto
Que a terra lhe seja leve
Belchior
22 de nov. de 2011
Dia do Músico
Os mansos sons, vogais, bem definidos
Pelos duros ruídos criadores,
Produzem sinfonia, que os cantores
Espalham, pura e bela, em teus ouvidos.
Se saires ao campo, são as flores;
Se fores ao mar, os gestos repetidos;
Na mata, são os melros foragidos:
Vão cantando sem plano, nem temores.
E se ouvires cantar cantora estranha,
A gralha negra, a bela cotovia,
E, no meio de tudo, a linda azenha,
Colhe os maduros grãos dessa alegria,
Faz que a farinha mais depressa venha
E com ela brindemos à harmonia.
Manuel Aguiar (dedicado a António José Ferreira)
Comentários
Meu texto sobre os bares foi publicado no Sul 21 abaixo reproduzo alguns comentários feitos no site e por aqui também. O último comentário é minha resposta aos anteriores. Fiquem à vontade!
Felipe X | 16 de novembro de 2011 | 21:07
Primeira boa leitura que faço sobre o assunto aqui no site, obrigado!
Felipe X | 16 de novembro de 2011 | 21:08
Só discordo em relação as “padarias” noturnas. Aquilo é um absurdo,
são bares sem lugar para os clientes, ou seja, botecos geradores de
ruído. Um amigo mora num prédio acima de uma e tem nojo de comprar pão
lá.
Lise | 17 de novembro de 2011 | 12:36
sou moradora da Cidade Baixa há mais de 10 anos e acompanhei os
bons momentos do local, com bares bons, limpos e bom atendimento.
Ultimamente o que se vê são drogas, barulho demais, sujeira, salvo raros
bares que aina preservam suas características originais. A violência
aumentou, o público também, e para pior. Quem vive nas imediações tenta
se mudar, como eu. Enfim, se os bares tiverem melhor infraestrutura,
mais respeito com os frequentadores, já seria um bom começo para essa
realidade mudar e melhorar tudo. Por enquanto nos resta ir para outros
bairros, com melhores bares.
Zé | 17 de novembro de 2011 | 15:07
“Um amigo mora num prédio acima de uma e tem nojo de comprar pão lá”.
Ui ui, tem nojinho…
Ui ui, tem nojinho…
Caio | 17 de novembro de 2011 | 15:50
Nojinho zé, comprar pão onde fede a cachaça… aposto que tu não queres isto pro teu velho pai.
Carlos Hahn | 17 de novembro de 2011 | 16:58
Pensando na vida cultural da cidade, não me parece saudável essa
concentração de casas noturnas em um bairro só. Espalhar a coisa pode
ser uma boa.
Além disso, esta pode ser uma boa oportunidade para mudar um péssimo hábito porto-alegrense: shows que começam sempre no dia seguinte… ;)
Cabe ainda ressaltar que essa aglomeração de bares é responsabilidade também da Smic.
Além disso, esta pode ser uma boa oportunidade para mudar um péssimo hábito porto-alegrense: shows que começam sempre no dia seguinte… ;)
Cabe ainda ressaltar que essa aglomeração de bares é responsabilidade também da Smic.
Carlos Magno Pereira | 18 de novembro de 2011 | 3:45
Muito bom este texto da Isadora Pisoni. Acredito que ela abordou
com propriedade a questão. Sou morador do Menino Deus. No entorno de meu
prédio há uma antiga casa noturna e uma galeteira. Há ocasiões em que a
movimentação e todo seu desdobramento se torna insuportável. Meus
planos são talvez até, já que quero paz e sossego, sair de Porto Alegre
para uma zona rural. Infelizmente o “vuco-vuco” do mundo urbano
subdesenvolvido é completamente às avessas a calma e tranquilidade
típicas das pequenas cidades do interior.
Thiago | 18 de novembro de 2011 | 12:13
Olha, em cidades como Londres há muito tempo já houve uma
regularização de horário pros pubs e bares. Todo mundo sai entre às 18h e
meia noite, e ponto final. Eu acho que se todo mundo entender que a
Cidade Baixa é na maior arte do tempo uma zona RESIDENCIAL e não uma
“zona boêmia”, como gostam de repetir, chegar-se-á a um meio termo. O
movimento nos bares aumentou muito nos últimos anos. Hj em dia, todo
mundo tem cartão de crédito pra pendurar a sua ceva e a sua batata
frita. Não dá pra ficar disfarçando a coisa com esse papo de “cena
cultural” pq isso não existe mais há muito tempo aqui na Cidade Baixa. O
que se vê é uma cena de consumo noturna se expandndo em ritmo
acelerado. Os estabelecimentos lotam de terça a domingo e tem gente que
passa a semana sem dormir por causa disso. E o problema não é só na
frente dos bares, pois o movimento de saída do pessoal se extende até 4
ou 5 da manhã no meio da semana em toda a cercânia. Todo mundo quer
abrir bar e estava se lixando pra alvará até a semana passada pq a
prefeitura nunca fiscalizou. Eu não acho certo fecharem todos os bares
de surpresa. Mas tb não acho certo o bairro virar um parque de diversões
noturno, sendo que quem mora aqui não mora só de noite. Se o pessoal se
acostumar a antecipar o horário de funcionamento do final da tarde até a
meia noite, e não até às 4 da manhã, todo mundo vai ser contemplado.
Roberto S. | 18 de novembro de 2011 | 13:33
O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental define se um
bairro é residencial. E ,segundo o PDDUA, a Cidade Baixa não é
residencial.
Vinícius | 18 de novembro de 2011 | 14:03
A maioria dos moradores da Cidade Baixa tem grana pra pagar
aluguéis e condomínios caros. Sabe aquela classe média nojenta e
nostalgica da ditadura que odeia gente “diferenciada” entrando no seu
território? Parece esse o caso. Para muitos, e eu faço parte dessa
galera, bares como o Élio, o Mister X e o Villa Acústica são os únicos
que oferecem bebida e entretenimento barato para socializar com os
amigos depois de uma semana cansativa de trabalho (mal pago).
Dilmão | 18 de novembro de 2011 | 16:43
“”Olha, em cidades como Londres há muito tempo já houve uma
regularização de horário pros pubs e bares. Todo mundo sai entre às 18h e
meia noite, e ponto final. …”…que bela compraração…em Londres anoitece
às 16 horas e amanhece 5 horas…e outra, cidade baixa não é zona
residencial e sim mista e em certos pontos comercial…essa é a capital
cultural do mercosul….somos o fim do Brasil e nem corredor pro norte
somos mais….vão pro ctg e aquele brick loteado pelo walmart…é só o que
resta nessa porto alegre ridícula…
Caio Britto | 18 de novembro de 2011 | 17:01
Então gente. Como já foi dito ai em cima, a Cidade Baixa não é um
bairro residencial, conforme o próprio plano diretor, é um bairro misto.
Muitas pessoas procuram o bairro cidade baixa para morar justamente por
essa caracteristica de bairro boêmio. O próprio relato que vi sobre a
participação dos moradores na audiência com o prefeito, mostra isso, nem
todos os moradores estão de acordo com essa política tacanha de
fechamento de bares.
A questão é que o código de condutas urbanas de Porto Alegre é extremamente ruim, permitindo inclusive a interdição de um local mesmo sem irregularidades, em atos descricionário do secretário.
O que está em jogo não são só os bares, mas os empregos de quem trabalha, a padaria pode ser o que quiser, mas tem gente trabalhando ali, o bar, pode ser sujinho, mas tem gente trabalhando ali. Quem defende fechar os bares não tem idéia da recessão que um fechamento desse porte pode gerar na cidade. Estamos falando de economia. Eu moro na João Pessoa, os carros e ônibus me infernizam na madrugada, é mais barulhento que morar na cidade baixa, com certeza, mas não estou pedindo o fechamento do transito na João Pessoa. Esses são inconvenientes de morarmos em grandes cidades, infelizmente.
Quanto aos que propõem descentralizar, pois bem, Porto Alegre tem bares e casas noturnas em várias partes da cidade, mas isso na verdade só aumenta o problema, pois é muito mais dificil manter uma casa noturna ou bar em uma vizinhança que não tenha mais bares por perto, logo essa casa seria fechada devido ao impacto de vizinhança gerado por ela. Isso só aumenta o problema.
Sem contar que em outro episódio, o secretário da Smic já fez inclusive juizo de valores sobre os frequentadores dos locais o qual fechou.
E vocês querem ver realmente o consumo de drogas ilícitas aumentar? É só fechar os bares, é só fechar o entretenimento, dai o pessoal vai pra casa se drogar…. Ai alguns poderão dormir tranquilos, ainda achando que é um sono dos justos.
A questão é que o código de condutas urbanas de Porto Alegre é extremamente ruim, permitindo inclusive a interdição de um local mesmo sem irregularidades, em atos descricionário do secretário.
O que está em jogo não são só os bares, mas os empregos de quem trabalha, a padaria pode ser o que quiser, mas tem gente trabalhando ali, o bar, pode ser sujinho, mas tem gente trabalhando ali. Quem defende fechar os bares não tem idéia da recessão que um fechamento desse porte pode gerar na cidade. Estamos falando de economia. Eu moro na João Pessoa, os carros e ônibus me infernizam na madrugada, é mais barulhento que morar na cidade baixa, com certeza, mas não estou pedindo o fechamento do transito na João Pessoa. Esses são inconvenientes de morarmos em grandes cidades, infelizmente.
Quanto aos que propõem descentralizar, pois bem, Porto Alegre tem bares e casas noturnas em várias partes da cidade, mas isso na verdade só aumenta o problema, pois é muito mais dificil manter uma casa noturna ou bar em uma vizinhança que não tenha mais bares por perto, logo essa casa seria fechada devido ao impacto de vizinhança gerado por ela. Isso só aumenta o problema.
Sem contar que em outro episódio, o secretário da Smic já fez inclusive juizo de valores sobre os frequentadores dos locais o qual fechou.
E vocês querem ver realmente o consumo de drogas ilícitas aumentar? É só fechar os bares, é só fechar o entretenimento, dai o pessoal vai pra casa se drogar…. Ai alguns poderão dormir tranquilos, ainda achando que é um sono dos justos.
Thiago | 18 de novembro de 2011 | 17:59
Se por definição do plano diretor o bairro não é residencial,
então, quem mora no bairro está em situação irregular, Dilmão? Porto
Alegre é a “capaital cultural do mercosul”, Dilmão? Tu buscou onde essa
definição, tb no plano diretor? Que fique bem claro, usei o exemplo de
Londres pra tentar buscar uma ideia alternatva pra haronizar o convívio
entre os bares e as residências. Isso evitaria que os alvarás ficassem
trancados e que os bares continuassem a ser fechados. O que não dá é pra
radicalizar, senão a brigada vai continuar fechando mesmo. Se não fosse
a parte residencial da zona mista, os bares não teriam se estabelecido.
Thiago | 18 de novembro de 2011 | 18:04
E outra pessoal, o que eu disse é que a Cidade Baixa é na maior
parte do tempo uma zona residencial. Obviamente isso não apela pra
nenhuma definição técnica. Acontece que as pessoas moram aqui, muitas
vezes pela localização central do bairro e não por causa dos bares. Eu
frequento os bares da Cidade Baixa regularmente, só não sou a favor do
abuso.
Jorge | 19 de novembro de 2011 | 4:32
Com esta sendo a fiscalização na Padre Chagas? algum bar
vistoriado? interditado? ou sera que a fiscalização só é na cidade baixa
e outros bairros, onde o publico frequentador não é tao dito “fashion”?
Isadora Pisoni - 21 de novembro de 2011 | 11:42
Não havia lido os comentários sobre o texto. Penso que nosso
primeiro grande ganho é trazer este debate à tona. Até então que ele
apenas acontecia de forma isolada, entre bares e prefeitura, entre
moradores e moradores.
Nossa cidade cresce mais a cada dia, o barulho, o trânsito cabe a
prefeitura em conjunto com a sociedade achar alternativas para não nos
tornarmos uma cidade insustentável!
Quanto as colocações sobre as “padarias noturnas”, quem deve
regrá-las? Em Porto Alegre temos a cultura das pessoas beberem nas ruas.
Não cabe a um ou outro dizer se é bom ou ruim.Fato é que se fechar um
local que vende bebida a baixo custo, outros abrirão é assim em diversos
locais da cidade.
Sobre a descentralização dos bares, as cidades devem sim ter diversos
locais de lazer m as porque então não descentralizamos teatros, cinemas
galerias de arte? Nas grandes metrópoles temos a diversidade de locais,
mas a concentração existe. Vejamos a Vila Madalena em São Paulo, local
de moradia com grande concentração de bares. Alguém já se perguntou como
é a convivência por lá? Como funciona essa relação entre empresários,
moradores e prefeitura?
Acho pertinente a colocação do último comentário questionando os
espaços que estão sendo fiscalizados, ainda não tive informação sobre
algum na Padre Chagas, e tenho certeza que por lá as coisas não andam de
acordo com a lei. Seré que todos espaços possuem isolamento acústico,
sanitários e rampas específicos para portadores de deficiência?
Neste final de semana tinha uma das bandas que trabalho num dos bares
que possue alvará de funcionamento noturno e adivinha: quem está de
acordo com os termos legais e não foi fechado agora sofre as
consequências do fechamento em massa que ouve… a ausência do movimento.
16 de nov. de 2011
Sobre o fechamento de bares na Cidade Baixa
Como frequentadora e produtora cultural na cidade de Porto Alegre, manifesto aqui opinião sobre a situação que desde o início do mês de novembro abate o bairro bohêmio da Cidade Baixa. Até sábado desta semana mais de 20 bares e casas noturnas foram fechadas e a previsão é que até domingo as que restaram abertas também serão fechadas.
Partimos resgatando um pouco de história.
A
delimitação atual do bairro Cidade Baixa abrange as avenidas Praia
de Belas, Getúlio Vargas, Venâncio Aires, João Pessoa e parte da Borges
de Medeiros. A "Cidade Baixa" antiga, contudo, era mais ampla. Compreendia
toda a região localizada ao sul da Rua Duque de Caxias.
Na década de 1880 novas ruas foram inauguradas, imortalizando os nomes dos vereadores Lopo Gonçalves e Luiz Afonso. A atual Joaquim Nabuco também foi oficialmente aberta nessa época, batizada de Rua Venezianos, pois sediava o famoso grupo carnavalesco. O carnaval da Cidade Baixa era reconhecido e prestigiado na época, com destaque para os coros que movimentavam as ruas.
O bairro acabaria se notabilizando pela existência de uma "classe média singularmente diferenciada". Composta por famílias que "ainda botavam cadeiras nas calçadas", assistiam às matinês do cinema Capitólio e freqüentavam os armazéns em busca de "secos e molhados". Essa "atmosfera" característica, segundo Carlos Reverbel(2), definia exemplarmente a vida na Cidade Baixa.
Na década de 1880 novas ruas foram inauguradas, imortalizando os nomes dos vereadores Lopo Gonçalves e Luiz Afonso. A atual Joaquim Nabuco também foi oficialmente aberta nessa época, batizada de Rua Venezianos, pois sediava o famoso grupo carnavalesco. O carnaval da Cidade Baixa era reconhecido e prestigiado na época, com destaque para os coros que movimentavam as ruas.
O bairro acabaria se notabilizando pela existência de uma "classe média singularmente diferenciada". Composta por famílias que "ainda botavam cadeiras nas calçadas", assistiam às matinês do cinema Capitólio e freqüentavam os armazéns em busca de "secos e molhados". Essa "atmosfera" característica, segundo Carlos Reverbel(2), definia exemplarmente a vida na Cidade Baixa.
Atualmente, o bairro se caracteriza pela grande quantidade de bares e é conhecido por ser o local preferido dos boêmios da cidade principalmente nas ruas General Lima e Silva, República e João Alfredo.
A Cidade Baixa hoje.
Também não podemos ser parciais e dizer que tudo está uma maravilha no bairro. Quem convive e trabalha por ali sabe o quanto aumentou a violência, o tráfico, o barulho, os flanelinhas que gostam de receber antecipado...
As próprias casas sentem a mudança de comportamento pois observam a clientela de seus bares e também estão sendo prejudicados. Em determinada noite estava trabalhando em uma casa na João Alfredo, foi necessário chamar a polícia e adivinha... fomos informados que a BM não queria mais fazer ronda por ali. Pergunta: Se a polícia não vem.. quem virá?
Pois é neste caso foi a SMIC, a SMOV e os interesses de final de ano para dar início há um ano eleitoral.
Participei da reunião dos bares, artistas e produtores na segunda-feira, o argumento para o fechamento das casas é o Alvará de funcionamento noturno. Pois bem os donos das casas pecam sim, por não ter interesse de acompanhar seus processos de alvará que já foram encaminhados e entram em ritmo "devagar quase parando" devido a MOROSIDADE da Prefeitura de Porto Alegre e suas secretarias.
O que fazer para resolver a situação?
Cabe a ABAJA (Associação dos Bares da João Alfredo) assim como a dos bares da Lima e Silva e José do Patrocínio, fazerem um levantamento de quem são os interessados em regularizar sua situação. Quais já encaminharam o processo, onde ele estagnou? Quem não encaminhou mas tem interesse de encaminhar?
Dou tanta ênfase no reabrir, pois não estão sendo prejudicados apenas o proprietários das casas. Temos artistas e bandas com shows agendados e que já estão cancelados devido a incerteza de abertura. A cadeia produtiva do bairro é afetada, as padarias que funcionavam à noite, os funcionários das casas noturnas e bares, os trabalhadores das empresas de segurança os produtores culturais que mesmo não dependendo apenas da "cena Cidade Baixa" acabam prejudicados, os estacionamentos que vivem centralmente do movimento noturno.
É... a coisa é bem maior do que imaginamos ser. Não tenho propriedade para falar em números, relativos aos postos de trabalho gerados mas é visível que não são poucos.
A Associação de Moradores da Cidade Baixa realizará uma reunião hoje, cabe também a busca de um consenso, entre a PM, a Prefeitura, os micro empresários para não prejudicar apenas um lado, neste caso sabemos qual é.... o lado de quem acredita e fomenta a cultura em nossa cidade. Basta lembrarmos o que foi feito com a região do Bonfim.
Se todos cumprirem com seus papéis não enfrentaremos isso novamente no futuro e nós maiores interessados no entretenimento e lazer não ficaremos refém de uma prefeitura que apenas deseja mostrar serviço nas vésperas de um ano eleitoral!
1. Porto Alegre:crônica da minha cidade, p.208.
2. Folha da Tarde, 04/12/78, p. 04.
Sombras do meu destino
"As minhas raízes eu crio, eu vejo uma luz!
E as sombras do meu destino, a força que me conduz.
E a sorte não espera, seu valor não me seduz.
E todo tempo, uma semana o verde levou pra surgir.
Você destrói, a vida e o suor que a terra criou."
E as sombras do meu destino, a força que me conduz.
E a sorte não espera, seu valor não me seduz.
E todo tempo, uma semana o verde levou pra surgir.
Você destrói, a vida e o suor que a terra criou."
8 de nov. de 2011
Matando saudades
Saudades da Ipanema do "Meu esquema"
Por mais incrível que pareça, fazia tempo que não ouvia!
Por mais incrível que pareça, fazia tempo que não ouvia!
3 de nov. de 2011
Loucos e Santos
Escolho meus amigos não pela pele ou outro
arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril
Oscar Wilde
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril
Oscar Wilde
1 de nov. de 2011
Show do Wilson Ney em homenagem a Nilo Feijó
Aos amantes da boa música,
essa é imperdível. Nilo Alberto Feijó Presidente da Associação
Satélite-Prontidão abre seu baú de composições e fará 15 músicas com
Wilson Ney.
Esse evento resgata parte importante da história e da música Porto Alegrense, Nilo era parceiro de Bedeu, Alexandre e um a série de outros artistas locais. O resgate está iniciado, Nilo Feijó faz seu show aos 78 anos! Não vou perder essa de jeito nenhum!
Dia 9 de novembro Show do Wilson Ney, em homenagem a Nilo Feijó Satélite-Prontidão no Teatro Renascença ás 21h. Entrada franca!
31 de out. de 2011
Salve a tribo dos bambas!
Salve a tribo dos bambas!
Onde um simples verso se torna canção...
Salve o novo palácio do samba!
O “Doce refúgio” pra inspiração
Debaixo da tamarineira
Oxóssi guerreiro me fez recordar
Um lugar... O meu berço num novo lar
Seguindo com os “pés no chão”
“Raiz” que se tornou religião
Da boêmia, dos antigos carnavais
Não esquecerei jamais!
Firma o batuque, quero sambar... Me leva!
A Surdo Um faz festa!
Esqueça a dor da vida...
Caciqueando na avenida
Sim...
Vi o bloco passando, o nobre rezando e o povo a cantar
Sim...
Era um nó na garganta ver o Bafo da Onça desfilar...
Chora, chegou a hora eu não vou ligar
Minha cultura é arte popular,
Nasceu em Fundo de Quintal...
Sou Imortal e vou dizer
Agonizar não é morrer
Mangueira, fez o meu sonho acontecer...
O povo não perde o prazer de cantar
Por todo universo minha voz ecoou
Respeite quem pôde chegar
Onde a gente chegou!
Vem festejar, na palma da mão
Eu sou o samba, “A voz do morro”!
Não dá pra conter tamanha emoção
Cacique e Mangueira num só coração
Onde um simples verso se torna canção...
Salve o novo palácio do samba!
O “Doce refúgio” pra inspiração
Debaixo da tamarineira
Oxóssi guerreiro me fez recordar
Um lugar... O meu berço num novo lar
Seguindo com os “pés no chão”
“Raiz” que se tornou religião
Da boêmia, dos antigos carnavais
Não esquecerei jamais!
Firma o batuque, quero sambar... Me leva!
A Surdo Um faz festa!
Esqueça a dor da vida...
Caciqueando na avenida
Sim...
Vi o bloco passando, o nobre rezando e o povo a cantar
Sim...
Era um nó na garganta ver o Bafo da Onça desfilar...
Chora, chegou a hora eu não vou ligar
Minha cultura é arte popular,
Nasceu em Fundo de Quintal...
Sou Imortal e vou dizer
Agonizar não é morrer
Mangueira, fez o meu sonho acontecer...
O povo não perde o prazer de cantar
Por todo universo minha voz ecoou
Respeite quem pôde chegar
Onde a gente chegou!
Vem festejar, na palma da mão
Eu sou o samba, “A voz do morro”!
Não dá pra conter tamanha emoção
Cacique e Mangueira num só coração
G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira
Enredo: Vou Festejar! Sou Cacique, Sou Mangueira - Carnaval 2012
Presidente: Ivo Meirelles
Enredo: Vou Festejar! Sou Cacique, Sou Mangueira - Carnaval 2012
Presidente: Ivo Meirelles
Diretor de Carnaval: Jeferson Carlos – Carnavalesco: Cid Carvalho
Autores: Lequinho, Igor Leal, Junior Fiondas e Paulinho de Carvalho
Interpretes: Zé Paulo, Luizito, Ciganerey e Vadinho
Interpretes: Zé Paulo, Luizito, Ciganerey e Vadinho
Hoje é dia D , dia de Drumond
O poeta universal e profundoDrummond de Andrade, para muitos o maior poeta brasileiro, aprofundou as propostas iniciais do modernismo ao abordar temas contemporâneos com sensibilidade, inteligência e humor.
Carlos Drummond de Andrade nasceu na pequena cidade de Itabira do Mato Dentro (MG), em 31 de outubro de 1902. Era o nono filho do fazendeiro Carlos de Paula Andrade e de sua mulher, Julieta Augusta Drummond de Andrade. Em 1910, iniciou o curso primário em Belo Horizonte, onde conheceu Gustavo Capanema e Afonso Arinos de Melo Franco.
A partir de 1918, tornou-se aluno interno do Colégio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), onde recebeu prêmios em concursos literários. No ano seguinte, foi expulso da escola, sob a justificativa de “insubordinação mental”. Mudou-se com a família em 1920 para Belo Horizonte, onde publicou seus primeiros trabalhos no Diário de Minas. Conheceu Milton Campos, Abgar Renault, Aníbal Machado, Pedro Nava e outros intelectuais.
Em 1924, enviou carta a Manuel Bandeira, manifestando-lhe admiração. No mesmo ano, conheceu Blaise Cendrars, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Mário de Andrade, que visitavam Belo Horizonte. Sua correspondência com Mário de Andrade, iniciada logo depois, duraria até o fim da vida do escritor paulista.
Casou-se, em 1925, com Dolores Dutra de Morais, no mesmo ano em que se formou em farmácia. Fizera o curso por insistência da família, mas nunca exerceu a profissão, dizendo querer “preservar a saúde dos outros”. Fundou, com Emílio Moura e Gregoriano Canedo, A Revista, órgão modernista do qual foram publicados três números. Apesar da vida breve, esse foi um importante veículo de afirmação do modernismo em Minas Gerais.
Tornou-se redator-chefe do Diário de Minas. Em 1928, nasceu Maria Julieta, sua filha e grande companheira ao longo da vida. No mesmo ano saiu na Revista de Antropofagia de São Paulo seu poema “No Meio do Caminho”, que provocou escândalo e controvérsias pelas inovações modernistas que trazia na temática e na forma. Drummond lançou seu primeiro livro, Alguma Poesia, em 1930, em edição de 500 exemplares paga pelo autor.
Em 1934, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, para trabalhar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, novo ministro da Educação. No decorrer dos anos, colaborou com diversos jornais cariocas. Deixou a chefia de gabinete de Capanema em 1945 e passou a figurar como um dos editores de Imprensa Popular, diário lançado pelo Partido Comunista Brasileiro. Alguns meses depois, porém, se afastou do jornal por discordâncias políticas.
Chamado por Rodrigo M. F. de Andrade, passou a trabalhar na Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN), onde mais tarde se tornaria chefe da Seção de História, na Divisão de Estudos e Tombamento. Aposentou-se em 1962, como chefe de Seção da DPHAN, após 35 anos de serviço público.
Carlos Drummond de Andrade nasceu na pequena cidade de Itabira do Mato Dentro (MG), em 31 de outubro de 1902. Era o nono filho do fazendeiro Carlos de Paula Andrade e de sua mulher, Julieta Augusta Drummond de Andrade. Em 1910, iniciou o curso primário em Belo Horizonte, onde conheceu Gustavo Capanema e Afonso Arinos de Melo Franco.
A partir de 1918, tornou-se aluno interno do Colégio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), onde recebeu prêmios em concursos literários. No ano seguinte, foi expulso da escola, sob a justificativa de “insubordinação mental”. Mudou-se com a família em 1920 para Belo Horizonte, onde publicou seus primeiros trabalhos no Diário de Minas. Conheceu Milton Campos, Abgar Renault, Aníbal Machado, Pedro Nava e outros intelectuais.
Em 1924, enviou carta a Manuel Bandeira, manifestando-lhe admiração. No mesmo ano, conheceu Blaise Cendrars, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e Mário de Andrade, que visitavam Belo Horizonte. Sua correspondência com Mário de Andrade, iniciada logo depois, duraria até o fim da vida do escritor paulista.
Casou-se, em 1925, com Dolores Dutra de Morais, no mesmo ano em que se formou em farmácia. Fizera o curso por insistência da família, mas nunca exerceu a profissão, dizendo querer “preservar a saúde dos outros”. Fundou, com Emílio Moura e Gregoriano Canedo, A Revista, órgão modernista do qual foram publicados três números. Apesar da vida breve, esse foi um importante veículo de afirmação do modernismo em Minas Gerais.
Tornou-se redator-chefe do Diário de Minas. Em 1928, nasceu Maria Julieta, sua filha e grande companheira ao longo da vida. No mesmo ano saiu na Revista de Antropofagia de São Paulo seu poema “No Meio do Caminho”, que provocou escândalo e controvérsias pelas inovações modernistas que trazia na temática e na forma. Drummond lançou seu primeiro livro, Alguma Poesia, em 1930, em edição de 500 exemplares paga pelo autor.
Em 1934, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, para trabalhar como chefe de gabinete de Gustavo Capanema, novo ministro da Educação. No decorrer dos anos, colaborou com diversos jornais cariocas. Deixou a chefia de gabinete de Capanema em 1945 e passou a figurar como um dos editores de Imprensa Popular, diário lançado pelo Partido Comunista Brasileiro. Alguns meses depois, porém, se afastou do jornal por discordâncias políticas.
Chamado por Rodrigo M. F. de Andrade, passou a trabalhar na Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN), onde mais tarde se tornaria chefe da Seção de História, na Divisão de Estudos e Tombamento. Aposentou-se em 1962, como chefe de Seção da DPHAN, após 35 anos de serviço público.
Aclamado por muitos críticos como o maior poeta brasileiro, Drummond renovou e aprofundou as propostas iniciais do modernismo. Aliou extrema sensibilidade, inteligência e humor, em composições caracterizadas quase sempre pelo verso livre e pelo uso de linguagem coloquial. Em suas criações, a indignação com as desigualdades sociais convive com o profundo lirismo, o senso de humor e a emoção contida.
Sua poesia, ao retratar as aspirações e angústias cotidianas, parece falar ao coração de cada leitor. Não é à toa que inúmeros versos do poeta se tornaram praticamente ditados populares, como o famoso “E agora, José?”.
A universalidade e a profundidade de sua obra levaram o crítico Otto Maria Carpeaux a considerá-lo o “poeta público” do Brasil. Com obras traduzidas para mais de uma dezena de idiomas, Drummond foi também tradutor, vertendo para o português clássicos de autores como Federico García Lorca (Dona Rosita, a Solteira), Choderlos de Laclos (As Relações Perigosas), Honoré de Balzac (Os Camponeses) e Marcel Proust (A Fugitiva).
Além de poeta, foi excelente prosador. Escreveu crônicas para o Correio da Manhã, entre 1954 e 1969, e para o Jornal do Brasil, entre 1969 e 1984. Em 1975 recebeu o Prêmio Nacional Walmap de Literatura e recusou, por motivo de consciência, o Prêmio Brasília de Literatura, da Fundação Cultural do Distrito Federal. Em 1983 recusou o Troféu Juca Pato.
Sofreu um infarto em 1986, que o deixou internado durante 12 dias. A escola de samba Estação Primeira de Mangueira homenageou Drummond com o samba-enredo No Reino das Palavras, vencedor do Carnaval carioca de 1987.
No dia 5 de agosto de 1987, depois de dois meses de internação, morreu sua filha Maria Julieta, vítima de câncer. O estado de saúde do poeta piorou, e Drummond morreu menos de duas semanas depois, em 17 de agosto, de problemas cardíacos. Vários livros foram publicados postumamente, como O Amor Natural (1992), de poemas eróticos, e Farewell (1996), ganhador do Prêmio Jabuti.
Sua poesia, ao retratar as aspirações e angústias cotidianas, parece falar ao coração de cada leitor. Não é à toa que inúmeros versos do poeta se tornaram praticamente ditados populares, como o famoso “E agora, José?”.
A universalidade e a profundidade de sua obra levaram o crítico Otto Maria Carpeaux a considerá-lo o “poeta público” do Brasil. Com obras traduzidas para mais de uma dezena de idiomas, Drummond foi também tradutor, vertendo para o português clássicos de autores como Federico García Lorca (Dona Rosita, a Solteira), Choderlos de Laclos (As Relações Perigosas), Honoré de Balzac (Os Camponeses) e Marcel Proust (A Fugitiva).
Além de poeta, foi excelente prosador. Escreveu crônicas para o Correio da Manhã, entre 1954 e 1969, e para o Jornal do Brasil, entre 1969 e 1984. Em 1975 recebeu o Prêmio Nacional Walmap de Literatura e recusou, por motivo de consciência, o Prêmio Brasília de Literatura, da Fundação Cultural do Distrito Federal. Em 1983 recusou o Troféu Juca Pato.
Sofreu um infarto em 1986, que o deixou internado durante 12 dias. A escola de samba Estação Primeira de Mangueira homenageou Drummond com o samba-enredo No Reino das Palavras, vencedor do Carnaval carioca de 1987.
No dia 5 de agosto de 1987, depois de dois meses de internação, morreu sua filha Maria Julieta, vítima de câncer. O estado de saúde do poeta piorou, e Drummond morreu menos de duas semanas depois, em 17 de agosto, de problemas cardíacos. Vários livros foram publicados postumamente, como O Amor Natural (1992), de poemas eróticos, e Farewell (1996), ganhador do Prêmio Jabuti.
25 de out. de 2011
JUDAS ERA FODA
Gente, não costumo colocar piadas por aqui mas essa foi hilária to rindo até agora. Só a minha mãe para enviar estas coisas!
Jesus chama os seus discípulos e apóstolos para uma reunião de emergência, devido ao alto consumo de drogas na Terra.
Depois de muito pensar, chegam à conclusão de que a melhor maneira de combater a situação e resolvê-la definitivamente era provar a droga eles mesmos e depois tomar as medidas adequadas.
Decide-se que uma comissão de discípulos desça ao mundo e recolha diferentes drogas. Efetua-se a coperação secreta e dois dias depois começam a regressar os comissários.
Jesus espera à porta do céu, quando chega o primeiro servo:
-Quem é?
-Sou Paulo.
Jesus abre a porta.
-E o que trazes, Paulo?
-Trago haxixe de Marrocos.
-Muito bem, filho. Entra.
-Quem é?
-Sou Pedro.
Jesus abre a porta.
-E o que trazes, Pedro?
-Trago maconha do Brasil.
-Muito bem, filho. Entra.
-Quem é?
-Sou Tiago.
-E o que trazes, Tiago?
-Trago Lança perfume da Argentina.
-Entra.
-Quem é?
-Sou Marcos.
-E o que trazes, Marcos?
-Trago marijuana da Colômbia.
-Muito bem, filho. Entra.
-Quem é?
-Sou Mateus.
- E o que trazes, Mateus?
-Trago cocaína da Bolívia.
-Muito bem, filho. Entra.
-Quem é?
- Sou João.
Jesus abre a porta e pergunta de novo:
-E tu, o que trazes, João?
-Trago crack de Nova Iorque.
- Muito bem, filho. Entra.
- Quem é?
-Sou Pedro.
Jesus abre a porta.
-E o que trazes, Pedro?
-Trago maconha do Brasil.
-Muito bem, filho. Entra.
-Quem é?
-Sou Tiago.
-E o que trazes, Tiago?
-Trago Lança perfume da Argentina.
-Entra.
-Quem é?
-Sou Marcos.
-E o que trazes, Marcos?
-Trago marijuana da Colômbia.
-Muito bem, filho. Entra.
-Quem é?
-Sou Mateus.
- E o que trazes, Mateus?
-Trago cocaína da Bolívia.
-Muito bem, filho. Entra.
-Quem é?
- Sou João.
Jesus abre a porta e pergunta de novo:
-E tu, o que trazes, João?
-Trago crack de Nova Iorque.
- Muito bem, filho. Entra.
- Quem é?
- Sou Lucas.
-E o que trazes,
Lucas?
-Trago speeds de Amsterdam.
-Muito bem, filho. Entra.
-Quem é?
-Sou Judas.
Jesus abre a porta.
-Trago speeds de Amsterdam.
-Muito bem, filho. Entra.
-Quem é?
-Sou Judas.
Jesus abre a porta.
-E tu, o que trazes, Judas?
POLICIA
FEDERAL!!!
TODO MUNDO NA PAREDE,
MÃO NA
CABEÇA!!
ENCOSTA AÍ CABELUDO!!!
A CASA
CAIU!!
24 de out. de 2011
Poucas Cinzas
Pessoas queridas! Deixo aqui a dica do filme "Poucas Cinzas", a história do genial Salvador Dalí, de suas dores e seus amores. Ainda temos o maravilhoso Frederico García Lorca que nos encantou com seus poemas e veiveu uma linda paixão com Salvador!
"Madrid
em 1922 é uma hesitação da cidade, na beira de uma mudança como os
valores tradicionais são desafiados pela nova e perigosa influências do jazz, de Freud e a vanguarda. Salvador Dalí
chega à universidade na idade de 18 anos, determinado a se tornar um
grande artista.
Sua bizarra mistura de timidez e exibicionismo
desenfreado atrai a atenção de dois membros da elite social da
universidade - Federico García Lorca e Luis Buñuel. Salvador é absorvido
em seu grupo decadente e de vez que ele, Luis e Federico se tornam um
trio formidável, o grupo mais ultramoderno, em Madrid. No entanto, como o
tempo passa, Salvador sente uma atração cada vez mais forte para o
carismático Federico - que é alheio às atenção que está recebendo de seu
amigo.
Finalmente, em meio a preocupações e a notoriedade crescente de
seu amigo Federico, Luis parte para Paris
em busca de sua própria arte o sucesso. Sozinho em Madrid, Federico
luta contra a sua psique, torturado pelas implicações contundentes de
sua própria religião crenças e inegável a voz de sua carne. Ele é
assombrado pela notícia de Salvador, que está colaborando em um Filme
surrealista com Luis e embarcou em um caso com Gala, uma mulher casada.
Em 1936 a Espanha está à beira do precipício de uma guerra civil, e
Federico, agora um aclamado e controverso dramaturgo, recebe um convite
para jantar, de Salvador e Gala. Mas ele descobre que Federico foi
assassinado no início da guerra. As paredes de abnegação que cercam o
artista vem desabar como ele percebe, tarde demais, a profundidade de
seu amor por Federico."
20 de out. de 2011
Mãe!
"Mãe,
Sou forte. E também metida a forte. Sou dura. Mais metida do que dura de verdade.
Mas hoje, agora, depois de falar com todos, de explicar o que não fiz,
de me defender do que desconheço, fui quebrada por um email de minha
mãe. Minha mãe que me ensinou a ser forte e a ser feliz. A ser
apaixonada pela vida e pelas pessoas.
E ela dizia que rezava para
meu anjo da guarda e para Nossa Senhora, para que eu tivesse serenidade.
"Escolheste o pior lugar do mundo para ser honesta. O que dirão de ti?
Que vives num apartamento de 40 anos de teu pai? Que não tens sequer
carro?". Ai mãe. Que dia triste. Que coisa triste estar aqui, tão longe
de ti, de minhas irmãs, de minhas sobrinhas, de meu namorado e de meu
apartamento velho.
Eu tenho a serenidade da inocência. Mas a
indignação da injustiça. E tenho mãe, uma tristeza profunda de viver num
mundo tão diferente ainda do que eu luto para construir. Mas sou tua
filha. Sei levantar de todas as quedas. Como sempre nos disseste: Deus
não dá a Cruz maior do que podemos carregar.
Eu não falo a língua deles, Mae. Graças à Deus."
Escrito por Manu às 17:37
BLOG: http://bolademeiaboladegudFala Manuela! A vida
Aqui está "A vida" declaração da Manuela publicada em seu Blog!
Há uns três meses um jornalista me telefonou e perguntou se eu sabia que "numa gaveta em Alvorada havia sido apreendida uma carta que me citava durante a operação cartola". Um policial havia ligado para ele e contado. Pedi mais informações e ele me disse que o policial afirmava que não havia nada demais e que eu podia ficar tranquila.
Ok. Não tenho como me preocupar pelo que desconheço. Um mês depois sai o relatório da operação Cartola e outro jornalista me liga e pergunta se sei que a tal carta foi incluída nos anexos. Disse que não sabia. Liguei para o chefe da polícia do estado, Del Ranolfo, perguntando o que era, se precisava fazer algo, o que dizia. Ele me disse para ficar tranquila, que era uma carta sem muito sentido, de um cara dizendo que deu 10.000 reais para outro cara para minha campanha. E que quando eu tivesse um tempo eu fosse lá e lesse.
Sei que os jornalistas tiveram acesso bem antes, aguentei as indiretas de blogueiros pagos por "adversários" e esperava que isso aparecesse até em função da candidatura e da minha situação na pesquisa em Porto Alegre.
Mas não tenho como me dedicar a responder tudo o que qualquer mau caráter escreve a meu respeito. Inventam casos, fazem ilações, mentem. Infelizmente, isso faz parte da vida quem luta contra interesses. Desde as coisas mais ingênuas, até as aparentemente graves, depois de quatro eleições, já aprendi a ignorar e reagir quando julgo ser sério.
Nesse caso, até porque não foi levado a cabo nem pela policia nem pelo MP, julguei algo patético, fruto da disputa política rebaixada da cidade. Até os valores são patéticos para qualquer campanha.
Quantos adesivos de carro faço com esse valor? Bem, claro que ignorei que às vezes a fome e a vontade de comer se encontram. E com a crise no ministério do esporte os jornais redescobriram a carta! Bem... É da vida e da disputa. O que posso garantir? Que vou processar esse indivíduo civil e criminalmente por me envolver em sua disputinha política. Que vou falar na twitcam e aqui no blog sobre o tema. E que acho o fim fazerem qualquer ilação que me envolva. Mas... Pelo visto a eleição já começou. Lamento que a opção de alguns seja pela mentira e tentativa de destruir a honra dos outros. Não é a minha. E nunca será. Não canso de repetir: nunca me tornarei igual aos que combato. Em nenhum sentido.
-------------------
Quando soube que essa matéria sairia evidentemente fiquei triste, cansada, pois não sou duas, essa pessoa sobre quem mentem sou eu. Com mãe, pai, irmãos, um namorado. Aí recebi duas ligações. Dois amigos. Sem nenhum vinculo político comigo. Fiquei emocionada. Um deles, adversário limpo, me fez jurar que eu apenas seria eu mesma durante esses dias mais difíceis. Que eu lembrasse que não sou importante só para mim, mas que destruir o símbolo construído é intenção de muita gente, que muitos com diversos interesses se unem nesse. O outro, sem vínculo partidário e político nenhum, me disse que maior que o poder da máquina é o poder da máquina povo. E que me lembrasse disso. Da minha responsabilidade com essa gente. Também lembrei do Collares. De duas frases ditas em distintos momentos para mim. "política é prova de resistência e não de velocidade". E eu resistirei pelo simples motivo que não fiz nada. A outra ele me disse segunda-feira, em sua casa: deixa eles brigarem sozinhos. Tu não és disso.
Pois é. Eles brigarão sozinhos. Seguirei trabalhando
PCdoB repudia falsas acusações no Rio Grande do Sul
O PCdoB reagiu indignado ao conteúdo da carta, de autoria de um funcionário da Prefeitura de Alvorada, que foi divulgado em matéria do jornal Zero Hora nesta quarta-feira (18). Encontrada em meio a diversos documentos recolhidos na Prefeitura do município, durante a operação Cartola, ela se refere à suposta arrecadação irregular para campanhas do Partido local.
Segundo o Partido, a denúncia —
vazia e caluniosa — é uma tentativa de aproveitar o momento político
nacional para atacar a deputada Manuela d'Ávila, que hoje lidera todas
as pesquisas de intenção de voto para Prefeitura de Porto Alegre.
Segundo o presidente estadual do PCdoB, Adalberto Frasson, o conteúdo da carta não tem nenhuma base real. "Isso não é uma prática do PCdoB e não tivemos nenhum recurso oriundo de Alvorada na nossa campanha”.
O dirigente afirmou ainda que "todas as contas do Partido e da campanha foram devidamente aprovadas e são de conhecimento público, podendo ser acessadas no site do TER”. Frasson também esclareceu que o PCdoB não faz parte e nem mesmo é citado na operação Cartola.
Diferentemente do que foi publicado no jornal Zero Hora, Manuela não negou conhecer Nelson Flores, secretário de Juventude e Esportes de Alvorada, que é membro do PCdoB, mas não conhecia e jamais ouviu falar do autor da carta, Marcio Taylor.
Para o Partido se trata de uma questão localizada, de Alvorada, que está sendo utilizada na tentativa de desgastar a pré-candidatura da deputada Manuela d’Ávila.
"A deputada Manuela tem uma trajetória política comprometida com a transparência. Não vamos admitir que ninguém macule isso de maneira leviana e irresponsável", garantiu Frasson.
O PCdoB do RS e a deputada Manuela d’Ávila já estão tomando providências para interpelar judicialmente os envolvidos neste episódio.
Segundo o presidente estadual do PCdoB, Adalberto Frasson, o conteúdo da carta não tem nenhuma base real. "Isso não é uma prática do PCdoB e não tivemos nenhum recurso oriundo de Alvorada na nossa campanha”.
O dirigente afirmou ainda que "todas as contas do Partido e da campanha foram devidamente aprovadas e são de conhecimento público, podendo ser acessadas no site do TER”. Frasson também esclareceu que o PCdoB não faz parte e nem mesmo é citado na operação Cartola.
Diferentemente do que foi publicado no jornal Zero Hora, Manuela não negou conhecer Nelson Flores, secretário de Juventude e Esportes de Alvorada, que é membro do PCdoB, mas não conhecia e jamais ouviu falar do autor da carta, Marcio Taylor.
Para o Partido se trata de uma questão localizada, de Alvorada, que está sendo utilizada na tentativa de desgastar a pré-candidatura da deputada Manuela d’Ávila.
"A deputada Manuela tem uma trajetória política comprometida com a transparência. Não vamos admitir que ninguém macule isso de maneira leviana e irresponsável", garantiu Frasson.
O PCdoB do RS e a deputada Manuela d’Ávila já estão tomando providências para interpelar judicialmente os envolvidos neste episódio.
Da redação do Vermelho-RS
13 de out. de 2011
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra
Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Texto extraído do livro "Bandeira a Vida Inteira", Editora Alumbramento – Rio de Janeiro, 1986, pág. 90
Libra
Ah! Librianos são pura harmonia
Justos por excelência
Com muito cuidado
Avaliam
Encantadores por natureza
Elegantes e delicados
Jamais se ouve o grito
De um libriano
E quando falam
São pacifistas
Ah! Esses librianos
São românticos sonhadores
Que correm atrás do seu amor
E quando conquistam
Dá a ele o merecido valor.
Tenha um libriano por perto
e verá o que é um ser humano
de grande afeto.
Se eu soubesse
Ah, se eu soubesse não andava na rua
Perigos não corria
Não tinha amigos, não bebia, já não ria à toa
Não ia enfim
Cruzar contigo jamais
Perigos não corria
Não tinha amigos, não bebia, já não ria à toa
Não ia enfim
Cruzar contigo jamais
Ah, se eu pudesse te diria, na boa
Não sou mais uma das tais
Não vivo com a cabeça na lua
Nem cantarei: eu te amo demais
Casava com outro, se fosse capaz
Não sou mais uma das tais
Não vivo com a cabeça na lua
Nem cantarei: eu te amo demais
Casava com outro, se fosse capaz
Mas acontece que eu saí por aí
E aí, larari, lairiri
E aí, larari, lairiri
Ah, se eu soubesse nem olhava a lagoa
Não ia mais à praia
De noite não gingava a saia, não dormia nua
Pobre de mim
Sonhar contigo, jamais
Não ia mais à praia
De noite não gingava a saia, não dormia nua
Pobre de mim
Sonhar contigo, jamais
Ah, se eu pudesse não caía na tua
Conversa mole, outra vez
Não dava mole à tua pessoa
Te abandonava prostrado a meus pés
Fugia nos braços de um outro rapaz
Conversa mole, outra vez
Não dava mole à tua pessoa
Te abandonava prostrado a meus pés
Fugia nos braços de um outro rapaz
Mas acontece que eu sorri para ti
E aí, larari, lairiri
Pom, pom, pom..
E aí, larari, lairiri
Pom, pom, pom..
Ah, se eu soubesse nem olhava a lagoa
Não ia mais à praia
De noite não gingava a saia, não dormia nua
Pobre de mim
Sonhar contigo, jamais
Não ia mais à praia
De noite não gingava a saia, não dormia nua
Pobre de mim
Sonhar contigo, jamais
Ah, se eu pudesse não caía na tua
Conversa mole, outra vez
Não dava mole à tua pessoa
Te abandonava prostrado a meus pés
Fugia nos braços de um outro rapaz
Conversa mole, outra vez
Não dava mole à tua pessoa
Te abandonava prostrado a meus pés
Fugia nos braços de um outro rapaz
Mas acontece que eu sorri para ti
E aí, larari, lairiri
E aí, larari, lairiri
11 de out. de 2011
Dia da criança!
Me
antecipei mas como amanhã é feriado e não pretendo passar por aqui já
adianto minha homenagem ao dia das crianças. Deixo com vocês um trecho
do texto do Eduardo Galeano. Que fala sobre ser criança. Para bom
entendedor meia paravra basta ou apenas uma estrofe.
Desejo
um Feliz Dia das Crianças àqueles que mesmo não se enquadrando no
período (criança), vão chegar aos "entas" levando a criança de dentro
de si!
"Na parede de um botequim de Madri, um cartaz avisa: Proibido cantar. Na parede do aeroporto do Rio de Janeiro, um aviso informa: É proibido brincar com os carrinhos porta-bagagem. Ou seja: Ainda existe gente que canta, ainda existe gente que brinca."
Eduardo Galeano
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