2 de out. de 2010

Senadores do Rio Grande - Paulo Paim e Abigail

  

Paulo Paim - 131
Paulo Paim, filho do metalúrgico Ignácio Paim e da dona de casa Italia Paim, é casado e pai de cinco filhos. Começou a trabalhar aos oito anos de idade. Após concluir o curso primário, ingressou no SENAI, tornando-se metalúrgico, matrizeiro e ferramenteiro. O primeiro contato com a política foi no movimento estudantil. Desde esse tempo, demonstrou liderança e capacidade. Em 1981, foi eleito presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas e reeleito no mandato subsequente. No ano seguinte, conduzido à presidência da Central Estadual de Trabalhadores. Entre 1983 e 1985, foi secretário geral da CUT Nacional e vice–presidente da entidade entre 1985 e 1986. Um fato marcante de sua trajetória foi uma caminhada a pé de Canoas até Porto Alegre, em 1983, com um grande número de companheiros. Saiu de Canoas com 3 mil trabalhadores, chegando à capital com mais de 20 mil, num ato de protesto contra a ditadura e o desemprego em frente ao Palácio do Governo. Operário e negro,enfrentou preconceitos e dificuldades, mas foi o deputado mais votado no Rio Grande do Sul. Sua caminhada é marcada pela defesa dos direitos dos trabalhadores, servidores públicos, aposentados, negros e todos aqueles que, de alguma forma, são discriminados.

Foi deputado federal de 1987 a 2002, o mais votado no Rio Grande do Sul. É senador pelo PT desde 2003 e considerado pelo DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar)  um dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional. É reconhecida a sua luta pela valorização do salário mínimo. Paim é autor de 1248 projetos, entre eles os que resultaram nos Estatutos da Igualdade Racial e do Idoso. Candidatou-se pela primeira vez em l986 e foi eleito Deputado Constituinte, entre os dez mais votados do estado. Exerceu quatro mandatos consecutivos e no pleito de 1998 foi o mais votado no Rio Grande do Sul.

Quando presidiu a Comissão de Trabalho, Administração, Serviço Público da Câmara Federal, entre 1993 e 1994, assegurou o reajuste de 147% aos assalariados, aposentados e pensionistas. Em 1995, aprovou o Salário Mínimo de 100 dólares. É autor da lei que trata dos crimes de racismo. A disputa para uma vaga no Senado Federal em 2002 foi acirrada. As pesquisas colocavam-no em quarto lugar, mas recebeu mais de dois milhões de votos. Assumiu a primeira vice-presidência do Senado e aprovou um de seus mais importantes projetos: o Estatuto do Idoso.

É sua a base do Estatuto da Igualdade Racial, aprovado este ano, e também do Estatuto da Pessoa Com Deficiência, que segue tramitando. Aguardam votação projetos de sua autoria que preveem aumentos reais para o Salário Mínimo; a vinculação dos proventos dos aposentados e pensionistas ao Mínimo; o fim do Fator Previdenciário; a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salário; a atualização dos proventos dos aposentados e pensionistas à época da concessão de seus benefícios; o Estatuto dos Motoristas; o Fundo de Ensino Profissionalizante; a implantação de várias escolas técnicas e das Zonas de Processamento de Exportação no Rio Grande do Sul.


Abigail Pereira - 651
Formada em Pedagogia pela Universidade de Caxias do Sul (UCS), com especialização em Psicopedagogia pela Universidade Castelo Branco (RJ), foi admitida, em 1977, na extinta Comissão Municipal de Amparo à Infância (Comai). Hoje, atua na Biblioteca Pública Municipal de Caxias do Sul. É casada com o advogado e sindicalista Guiomar Vidor e tem dois filhos: Filipe e Thomaz. Foi escolhida pelo PCdoB para ser candidata ao Senado Federal.

A veia militante de Abgail começou a pulsar aos 13 anos, quando auxiliou a campanha do ex-vereador Régis Prestes, opositor ao Regime Militar na década de 70. Nos anos 80, filiou-se ao PDT e integrou a Juventude Trabalhista. Com a eleição d a feminista Rachel Grazziotin para a Câmara de Vereadores, a comunista tornou-se a primeira assessora política do legislativo caxiense. Em 1984, ingressou no PCdoB, atuando na clandestinidade. Participou da fundação e presidiu a União das Mulheres Caxienses (UMCA) e integrou a União Brasileira de Mulheres (UBM). Esteve à frente dos movimentos em defesa da saúde pública, pela universalização e implantação do SUS no município, pela ampliação da rede de creches e no combate à violência de gênero.

Foi presidente por três mandatos e é atual vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Restaurantes, Bares e Similares e em Turismo e Hospitalidade de Caxias do Sul (Sintrahtur). Também foi vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (Contracs) e integra a direção executiva da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). Em 2009, foi eleita para a direção nacional do PCdoB e, no RS, faz parte da Comissão Política da direção do partido. Em 2008, foi candidata a vice-prefeita em Caxias do Sul na chapa liderada pelo petista Pepe Vargas. Concorreu à Câmara de Caxias do Sul e, embora não eleita, tornou-se a terceira mulher mais votada daquele pleito. Sua atuação foi marcante na batalha contra a violência de gênero, pela implantação da Delegacia para Mulher em Caxias do Sul, da Casa de Apoio Viva Rachel e na criação do Conselho Municipal da Mulher e da Coordenadoria da Mulher.



 

Nenhum comentário: