18 de mai. de 2010

Simples

Desde que resolvi sair de casa aprendi muitas coisas, o dia-a-dia em Porto Alegre me faz rever milhares de coisas por minuto. Uma delas são os valores os quais fui ensinada a ter. Nasci em Caxias do Sul, filha única de mãe solteira, ela relações públicas. Além desta mãe, fui criada com um avô/pai que viveu por pouco tempo ao meu lado só até meus 7 anos de idade, a partir daí restou a mãe, e a minha adorada vó essa dispenso comentários se não vou me debulhar em lágrimas, pois ainda não me adaptei e não sei se irei me adaptar com sua ausência.

Por parte de pai passei a ter um  "respeitado" sobrenome aos 11 anos de idade, nunca dei muita bola para isso, aliás uma das coisas que aprendi foi conhecer e respeitar as pessoas pelo que elas pensam e são não pelo que elas possuem.  Minha infância foi rodeada de livros infantis, uma mãe que me contava história até meus 15 anos de idade, meus tio eram o "Tio Mozart" e o "Tio Bethoven" como conhecia eles? Ouvindo suas obras nos bons e velhos LP's. Costumava correr pelo teatro da Casa de Cultura, estudar música, artes, praticar esportes, correr por aí.

Nunca me faltou nada, não tinha  as roupas de marca, os melhores biscoitos ou as carnes sem gordura, ou todas outras frescuras que hoje em dia se dá para para as crianças em busca de algo que não é palpavel mas tive muito conhecimento e amor, o suficiente para me tornar uma pessoas mais "humana" mais sensível. Não me  importava por não ter, eu tive o que é mais importante amor, compreensão, conversa , respeito e muita confiança.

Nessa vida, fui criada com poucos bens materiais, porém preparada para ter o bom e o ruim, o gostoso e o menos gostoso, o fácil e o difícil. Acredito que fui bem preparada para ela. Aprendi a gostar e amar o simples, viver o simples, respeitar o simples... sempre sabendo e estando preparada para o complexo ou o luxuoso.

Tenho algo a dizer... o simples me faz feliz. Só tenho a agadecer!

Um comentário:

Deni disse...

Olá, pessoa simples.

Olha o que é o acaso... Há quanto tempo? Emocionante o breve relato da sua vida.
Até algum dia, Isadora.

Se cuida, Werner