9 de fev. de 2009

Beatchoro é Brasilidade



Brasilidade é ousar na forma e no conteúdo, nas cores e texturas, nos toques e batidas e a mistura de estilos e culturas. Brasilidade é a profusão de idéias e de cores é pura inspiração. Brasilidade é ser ousado, quente, rebelde e por isso imbatível. Brasilidade é ser simples - sem ser sem graça - ser puro, sem rodeios e sem metáforas, inspirando-se no que temos de melhor.

É mergulhando na nossa cultura que o paulistano e ex- integrante do grupo de rap Câmbio Negro o DJ Marcelinho nunca deixou de lado seus discos de Pixinguinha, Baden Powell e Paulinho da Viola, além dos vinis de hip-hop. Desse mergulho nasceu o "Beatchoro", foi natural que, ao procurar algum gênero musical genuinamente um brasileiro para misturar com beats, o chorinho fosse o escolhido.

O resultado dessa pesquisa chega a nossos ouvidos com o primeiro CD do BeatChoro. Criado pelo DJ Marcelinho ao lado de Braiam e Samba Sam, o inovador projeto mescla chorinho, scratches e samples e conta em suas letras e beats as raízes musicais do País.

Marcelinho começou a mostrar sua versatilidade no primeiro registro solo, “Riscando Um”, de 2002, no qual reuniu vários artistas e formou um estilo diferente do rap habitual. Lá estava o embrião do BeatChoro, as faixas “História de um Malandro” e “Não Entendo”. “BeatChoro”, o álbum, foi produzido pelo próprio DJ. São 12 canções inéditas, de sua autoria e dos parceiros Braiam (André Santos) e Sam (Jonathas).

O trabalho tem participações especiais do cantor Claudio Zoli, Tato, Valdir e Alemão — membros do grupo de forró Falamansa — Os rappers Thaíde e Quelynah e estréia solo de Paola Evangelista, backing vocal de artistas como Silvera, Edson Gomes e Helião & Negra Li.

“Meu Beatchoro” abre o CD citando as influências do grupo. A cadenciada “Samba Bem” remete a “Zamba Bem”, do mestre Marku Ribas. Outro ídolo do BeatChoro, Djavan, tem sua “Avião” citada em “Samba de Breque”, homenagem às escolas de samba do Rio de Janeiro e de São Paulo. “Favela Beat”, regravação de canção de Roberto Ribeiro, e “Kissanga no Kalunga” são duas boas candidatas aos bailes e pistas. E as instrumentais “Beat 6”, “Mandinga Beat” e “Som Estereofônico” completam o disco. No CD, o trio é brilhantemente acompanhado por músicos experientes e conhecidos nas rodas de choro e nas noites paulistanas.

O chorinho, considerado o estilo musical brasileiro mais rico e sólido, revigora-se mais uma vez nas batidas do BeatChoro.

Um comentário:

Daniel de Mello disse...

parabens pelo trampo
acesse:
www.musicadaminhagente.blogspot.com
saudações musicais
abraços
Daniel de Mello e a Música da Minha Gente