30 de nov. de 2010

Dia Nacional do Samba - 30 anos sem Cartola? Existem os eternos


Há trinta anos a música brasileira perdia um genial compositor e um grande músico. Mas sua obra o transformou em eterno. Nos ensinando que...  "A sorrir eu prefiro levar, a vida, pois chorando eu vi a mocidade perdida..."  No dia Nacional do Samba  minha homenagem vai pra Cartola, se não conheçe dá uma olhadinha na história desta figuraça.
  
É impossível falar de samba sem falar de Cartola. Nasceu em 11 de Outubro de 1908, recebeu o apelido quando passou a usar um elegante chapéu-côco. Autor de sambas inesquecíveis como "As Rosas não Falam", "O Mundo é um Moinho" e "O Sol Nascerá". Cartola foi também um dos fundadores da Estação Primeira de Mangueira, tendo sugerido o nome da escola e as cores verde e rosa. Nas favelas ou nos redutos intelectuais, Cartola é visto da mesma maneira: autêntico, harmonioso, lírico, genial. Morreu no ano de 1980, deixando várias obras que hoje são referências para qualquer estudo sério sobre a música brasileira. Seu nome é Angenor de Oliveira

Considerado por diversos músicos e críticos como o maior sambista da história da música brasileira, Cartola nasceu no bairro do Catete, mas passou a infância no bairro de Laranjeiras. Tomou gosto pela música e pelo samba ainda moleque e aprendeu com o pai a tocar cavaquinho e violão.Dificuldades financeiras obrigaram a família numerosa a se mudar para o morro da Mangueira, onde então começava a despontar uma incipiente favela.

Na Mangueira, logo conheceu e fez amizade com Carlos Cachaça - seis anos mais velho - e outros bambas, e se iniciaria no mundo da boemia, da malandragem e do samba.
Com 15 anos, após a morte de sua mãe, abandonou os estudos - tendo terminado apenas o primário. Arranjou emprego de servente de obra, e passou a usar um chapéu-coco para se proteger do cimento que caía de cima. Por usar esse chapéu, ganhou dos colegas de trabalho o apelido "Cartola".
 
Cartola só gravou seu primeiro disco em 1974 no qual já incluiu pérolas do quilate de "As rosas não falam", "Alegria", "O mundo é um moinho", "Acontece", "O sol nascerá", em parceria como Élton Medeiros e "Quem me vê sorrindo", ao lado de Carlos Cachaça. Depois, gravou ainda mais três álbuns individuais.

Em 1974, aos 66 anos, Cartola gravou o primeiro de seus quatro discos-solo, e sua carreira tomou impulso de novo com clássicos instantâneos como "As Rosas Não Falam", "O Mundo é um Moinho", "Acontece", "O Sol Nascerá" (com Elton Medeiros), "Quem Me Vê Sorrindo" (com Carlos Cachaça), "Cordas de Aço", "Alvorada" e "Alegria". No final da década de 1970, mudou-se da Mangueira para uma casa em Jacarepaguá, onde morou até a morte, em 1980.

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