Ilegal, Imoral e Engorda
Por Isadora Pisoni
27 de mai. de 2013
Eu voltei!
Um ano sem postar...
Este lugar, que coloco todos meus anjos e demônios. Inspirações e (as) pirações, desejos, inícios e fins... Havia o abandonado.
As palavras estavam apenas na cabeça não escorriam mais pelos dedos, as sensações apenas no peito, as vontades tinham sumido e principalmente a vontade de escrever.
Tenho notícias, EU VOLTEI. voltei para o sol, para ativar esse espaço tão meu e que conscientemente havia guardado no baú. Agora conscientemente fui buscá-lo.
Vou reformular, trocar o visual e dar vida a este canto tão Ilegal, Imoral e ás vezes engordante.
Bem, vindos novamente!
8 de ago. de 2012
Tudo passa!
Dica da minha amiga Carol. Vale a pena!
Todas as coisas na Terra passam.
Os dias de dificuldade passarão...
Passarão, também, os dias de amargura e solidão.
As dores e as lágrimas passarão.
As frustrações que nos fazem chorar... Um dia passarão.
A saudade do ser querido que está longe, passará.
Os dias de tristeza...
Dias de felicidade...
São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal
as experiências acumuladas.
Se, hoje, para nós, é um desses dias,
repleto de amargura, paremos um instante.
Elevemos o pensamento ao Alto
e busquemos a voz suave da Mãe amorosa,
a nos dizer carinhosamente: 'isto também passará'
E guardemos a certeza pelas próprias dificuldades já superadas que não há mal que dure para sempre, semelhante a enorme embarcação que, às vezes, parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas.
Mas isso também passará porque Jesus está no leme dessa Nau
e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a
agitação faz parte do roteiro evolutivo da Humanidade
e que um dia também passará.
Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro
porque essa é a sua destinação.
Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos,
sem esmorecimento e confiemos em Deus,
aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo, também passará.
Tudo passa...
exceto Deus.
3 de jul. de 2012
Dia de Xangô
Hoje dia de Xangô por acaso encontrei esse Globo Repórter que traz o título de "O poder do machado de Xangô" baseado na obra de Pierre Verge.
14 de mar. de 2012
O AI-5 digital e as razões para o #meganão
A Câmara
e a sociedade civil retomaram uma importante discussão pouco antes do recesso
parlamentar e reiniciam a atuação legislativa com o tema em pauta. É o Projeto
de Lei nº 84/1999, que tipifica os chamados cibercrimes – condutas realizadas
mediante uso de sistema eletrônico ou contra sistemas informatizados. O projeto
é conhecido, também, como “AI-5
Digital”. E, muito embora alguns defendam que este apelido é um exagero,
entendo que é justificado. Por quê? Porque cria um estado de exceção permanente
na internet, que controla e pune os usuários. O projeto, além da censura e
vigilância, também apresenta problemas jurídicos. Estes vão desde a ignorância
de princípios fundamentais do Direito Penal e chegam a graves ofensas à Constituição.
Nesse
sentido, é importante elucidarmos que há um princípio basilar do Direito Penal
que orienta a regulamentação das normas criminalizadoras.
Segundo
essa regulamentação, a tutela penal só se justifica para proteger bens
jurídicos relevantes, que representem valores sociais importantes para todos os
cidadãos. O PL do qual falamos é o oposto disso. Os testes de segurança de
sistemas, por exemplo, ou a identificação de vulnerabilidades (para sugestão de
melhorias), são tipificadas como crimes, muito embora fique evidente que não há
qualquer lesão.
Mas os
problemas não se encerram aqui. Um segundo princípio do direito penal também é
ignorado pelo PL 84/1999: a taxatividade, que impõe ao Estado a redação dos
tipos penais de forma clara e restrita, impossibilitando a sua aplicação
arbitrária. Em outras palavras, isso significa dizer que todo indivíduo, para
poder se comportar de acordo com as regras da sociedade, deve saber claramente
o que é proibido. Como vamos, então, admitir um PL que pune o cidadão e, ao
mesmo tempo, descreve de maneira vaga e ampla as condutas que visa regrar? Um
exemplo dessa redação mal formulada é a definição de “sistema informatizado”.
Ora, será suficiente dizer que sistema informatizado é qualquer sistema capaz
de processar, capturar, armazenar ou transmitir dados eletrônica ou
digitalmente ou de forma equivalente (que abrange todo software, sistema
operacional ou programa embarcado em qualquer dispositivo)? É clara a resposta:
não.
Toda vez
que suscitamos o tema da época em que vivemos, falamos da velocidade com que as
coisas acontecem e a tecnologia evolui. O que hoje é novidade, em pouco tempo
tem grande chance de estar superado (em muito, aliás). Isso se dá não apenas
nas questões relativas à tecnologia, afinal vivemos na era da propriedade
intelectual, das operações financeiras eletrônicas, das redes sociais virtuais.
Nosso comércio já não é mais com caixas manuais, muitas transações bancárias já
não exigem a presença de um funcionário. Não se pode, portanto, excluir desse
processo evolutivo a transformação pela qual passa, por óbvio, o Direito.
O
Direito, assim como parte significativa da nossa rotina, tem de se adaptar às
novas dimensões da vida social e, por consequente, estar atento às
particularidades da era digital. Nesse sentido, a informação deve ser tratada
como bem público. Isso significa considerar a liberdade de informação e seu
fluxo irrestrito como base e pré-requisito para um sistema econômico, político,
social e cultural livre. O PL 84/1999, faz o contrário. Ele traz como eixo a
potencial criminalização das condutas que garantem essa liberdade. Representa
claramente um entrave ao desenvolvimento nacional.
Criminalizar
condutas comuns no mundo informatizado, sem que haja de fato risco de que algo
ou alguém seja lesado, é criar uma solução simplista. Mais, é frear um ritmo de
desenvolvimento que já consolidamos e cujo potencial nos permite ser potência
mundial.
A
regulamentação das condutas realizadas na internet não pode criar mais um
espaço para que o Estado aja como ente punitivo. Ao contrário, acredito que
deve criar limites para o seu exercício, garantindo a devida liberdade no mundo
virtual, que possibilite a responsabilização por condutas abusivas, sem que,
para isso, se recorra ao cerceamento de garantias fundamentais.
Deixo por
fim a lembrança de que não existe anonimato na rede. Esse é um fato relevante.
Os crimes são reais, praticados por pessoas reais. O meio em que se dão é
virtual. E as personagens podem ser virtuais.
Mas com
investimento em inteligência – e não em punição – solucionam-se os problemas
com muito mais eficácia. E o marco civil tem papel fundamental nesse sentido. É
ele que determinará os direitos e os deveres na internet. A partir de sua
aprovação, sim, cabe uma discussão sobre punição e tipificação de cibercrimes.
Manuela
d'Ávila
12 de mar. de 2012
Design thinking + Design social = Setor 2.5
*Christian Ullmann
Nos últimos 10 anos a realidade local nos posicionou como referência de ações sociais e desde a escola de Stanford conhecemos o design thinking, a soma disto, cria novas formas de pensar em novas soluções.
O design thinking pensado para o 2º e 3º setor e as atividades do design social para o 3º setor estão criando um novo espaço de atuação que hoje é denominado setor 2,5.
O design thinking pensado para o 2º e 3º setor e as atividades do design social para o 3º setor estão criando um novo espaço de atuação que hoje é denominado setor 2,5.
Definições utilizadas pelo design thinking são muito importantes - na realidade são as mesmas que já utilizamos há mais de 50 anos desde o design industrial ou gráfico e agora as ampliamos para o design como um todo: a idéia de projetar, e somarmos as questões sociais para criar novos modelos de negócios. Novos modelos de negócios que dão forma a este novo e atual setor, com o objetivo principal de oferecer inclusão para as classes sociais carentes e necessitadas.
Jovens designers, administradores, sociólogos, assistentes sociais, antropólogos, arquitetos, médicos, advogados, todas as profissões estão dedicando tempo e esforço para fortalecer esta nova proposta sintonizada com as necessidades da sociedade contemporânea.
Uma “empresa contemporânea” não precisa ter como único objetivo o lucro econômico, ela pode ser lucrativa e pode colaborar com a inclusão social e melhoria da qualidade de vida das classes sociais mais carentes.
Novos produtos e novos serviços, criando novas oportunidades para a população excluída e de baixa renda. O setor 2.5 vem para atender uma demanda de problemas socioeconômicos que o capitalismo tradicional não conseguiu resolver. Os negócios sociais propõem aplicar o modelo eficiente de gestão das empresas para gerar o maior impacto social possível.
Porém, não podemos nos iludir e acreditar que só teremos boas intenções, pois há mais de 15 anos o mercado sabe que o único espaço para crescer na pirâmide social é para as classes de baixa renda. O novo modelo de negócios sociais não incentiva o consumo desenfreado e supérfluo, propõe criar produtos e serviços que atendam as necessidades básicas da população de baixa renda não atendidas pelo mercado.
O desenvolvimento do modelo de negócios sociais surge no governo do Reino Unido, no inicio deste século, e posteriormente o Ministério da Indústria e do Comércio definiu o conceito e formato deste novo modelo, sendo: organizações dirigidas primordialmente por objetivos sociais e que conseguem em parte ou na totalidade, o sustento financeiro através do comércio de produtos e serviços.
Jovens designers, administradores, sociólogos, assistentes sociais, antropólogos, arquitetos, médicos, advogados, todas as profissões estão dedicando tempo e esforço para fortalecer esta nova proposta sintonizada com as necessidades da sociedade contemporânea.
Uma “empresa contemporânea” não precisa ter como único objetivo o lucro econômico, ela pode ser lucrativa e pode colaborar com a inclusão social e melhoria da qualidade de vida das classes sociais mais carentes.
Novos produtos e novos serviços, criando novas oportunidades para a população excluída e de baixa renda. O setor 2.5 vem para atender uma demanda de problemas socioeconômicos que o capitalismo tradicional não conseguiu resolver. Os negócios sociais propõem aplicar o modelo eficiente de gestão das empresas para gerar o maior impacto social possível.
Porém, não podemos nos iludir e acreditar que só teremos boas intenções, pois há mais de 15 anos o mercado sabe que o único espaço para crescer na pirâmide social é para as classes de baixa renda. O novo modelo de negócios sociais não incentiva o consumo desenfreado e supérfluo, propõe criar produtos e serviços que atendam as necessidades básicas da população de baixa renda não atendidas pelo mercado.
O desenvolvimento do modelo de negócios sociais surge no governo do Reino Unido, no inicio deste século, e posteriormente o Ministério da Indústria e do Comércio definiu o conceito e formato deste novo modelo, sendo: organizações dirigidas primordialmente por objetivos sociais e que conseguem em parte ou na totalidade, o sustento financeiro através do comércio de produtos e serviços.
Ser um empreendedor social exige enxergar uma nova forma de fazer negócios, abrir novos mercados, conquistar espaço das empresas tradicionais e contar com apoio de instituições de fomento e governo. Alimentar e desenvolver o setor 2.5 colabora com a transformação social necessária para diminuir a desigualdade social brasileira.
*Especialista em design para a sustentabilidade. Sócio diretor da iT Projetos – escritório de desenvolvimento de produtos e projetos socioambientalmente responsáveis. Designer de produto, especialista em desenvolvimento de produtos com a utilização de recursos naturais renováveis, resíduos pré e pos consumo e produção semi-industrial. Consultor para empresas, instituições e governo com ampla atuação no Brasil e Latinoamerica. Recebeu prêmios na Espanha, Itália, Brasil e Argentina com móveis residenciais, de escritório e objetos.
30 de dez. de 2011
Se...
Se és capaz de manter a tua calma quando
Todo o mundo ao redor já a perdeu e te culpa;
De crer em ti quando estão todos duvidando,
E para esses no entanto achar uma desculpa;
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
E não parecer bom demais, nem pretensioso;
Se és capaz de pensar -sem que a isso só te atires;
De sonhar -sem fazer dos sonhos os teus senhores;
Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
Tratar da mesma forma a esses dois impostores;
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
Em armadilhas as verdades que disseste,
E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
E refazê-las com o bem pouco que te reste;
Se és capaz de arriscar numa única parada
Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
Resignado, tornar ao ponto de partida;
De forçar coração, nervos, músculos, tudo
A dar seja o que for que neles ainda existe,
E a persistir assim quando, exaustos, contudo
Resta a vontade em ti que ainda ordena: "Persiste!";
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes
E, entre reis, não perder a naturalidade,
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
Se a todos podes ser de alguma utilidade,
E se és capaz de dar, segundo por segundo,
Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
E o que é mais - tu serás um homem, ó meu filho!
Autor: Rudyard Kipling (1865-1936)
23 de nov. de 2011
Pequeno Perfil de Um Cidadão Comum
Linda canção escrita por Belchior, aqui deixo a releitura de Toquinho! Nada mais que o retrato do povo brasileiro, trabalhador e esperançoso!
Degustem cada segundo!
Era um cidadão comum como esses que se vê na rua
Falava de negócios, ria, via show de mulher nua
Vivia o dia e não o sol, a noite e não a lua
Acordava sempre cedo (era um passarinho urbano)
Embarcava no metrô, o nosso metropolitano...
Era um homem de bons modos:
"Com licença; - Foi engano"
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
Que caminha para a morte pensando em vencer na vida
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
Que tem no fim da tarde a sensação
Da missão cumprida
Acreditava em Deus e em outras coisas invisíveis
Dizia sempre sim aos seus senhores infalíveis
Pois é; tendo dinheiro não há coisas impossíveis
Mas o anjo do Senhor (de quem nos fala o Livro Santo)
Desceu do céu pra uma cerveja, junto dele, no seu canto
E a morte o carregou, feito um pacote, no seu manto
Que a terra lhe seja leve
Falava de negócios, ria, via show de mulher nua
Vivia o dia e não o sol, a noite e não a lua
Acordava sempre cedo (era um passarinho urbano)
Embarcava no metrô, o nosso metropolitano...
Era um homem de bons modos:
"Com licença; - Foi engano"
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
Que caminha para a morte pensando em vencer na vida
Era feito aquela gente honesta, boa e comovida
Que tem no fim da tarde a sensação
Da missão cumprida
Acreditava em Deus e em outras coisas invisíveis
Dizia sempre sim aos seus senhores infalíveis
Pois é; tendo dinheiro não há coisas impossíveis
Mas o anjo do Senhor (de quem nos fala o Livro Santo)
Desceu do céu pra uma cerveja, junto dele, no seu canto
E a morte o carregou, feito um pacote, no seu manto
Que a terra lhe seja leve
Belchior
22 de nov. de 2011
Dia do Músico
Os mansos sons, vogais, bem definidos
Pelos duros ruídos criadores,
Produzem sinfonia, que os cantores
Espalham, pura e bela, em teus ouvidos.
Se saires ao campo, são as flores;
Se fores ao mar, os gestos repetidos;
Na mata, são os melros foragidos:
Vão cantando sem plano, nem temores.
E se ouvires cantar cantora estranha,
A gralha negra, a bela cotovia,
E, no meio de tudo, a linda azenha,
Colhe os maduros grãos dessa alegria,
Faz que a farinha mais depressa venha
E com ela brindemos à harmonia.
Manuel Aguiar (dedicado a António José Ferreira)
Comentários
Meu texto sobre os bares foi publicado no Sul 21 abaixo reproduzo alguns comentários feitos no site e por aqui também. O último comentário é minha resposta aos anteriores. Fiquem à vontade!
Felipe X | 16 de novembro de 2011 | 21:07
Primeira boa leitura que faço sobre o assunto aqui no site, obrigado!
Felipe X | 16 de novembro de 2011 | 21:08
Só discordo em relação as “padarias” noturnas. Aquilo é um absurdo,
são bares sem lugar para os clientes, ou seja, botecos geradores de
ruído. Um amigo mora num prédio acima de uma e tem nojo de comprar pão
lá.
Lise | 17 de novembro de 2011 | 12:36
sou moradora da Cidade Baixa há mais de 10 anos e acompanhei os
bons momentos do local, com bares bons, limpos e bom atendimento.
Ultimamente o que se vê são drogas, barulho demais, sujeira, salvo raros
bares que aina preservam suas características originais. A violência
aumentou, o público também, e para pior. Quem vive nas imediações tenta
se mudar, como eu. Enfim, se os bares tiverem melhor infraestrutura,
mais respeito com os frequentadores, já seria um bom começo para essa
realidade mudar e melhorar tudo. Por enquanto nos resta ir para outros
bairros, com melhores bares.
Zé | 17 de novembro de 2011 | 15:07
“Um amigo mora num prédio acima de uma e tem nojo de comprar pão lá”.
Ui ui, tem nojinho…
Ui ui, tem nojinho…
Caio | 17 de novembro de 2011 | 15:50
Nojinho zé, comprar pão onde fede a cachaça… aposto que tu não queres isto pro teu velho pai.
Carlos Hahn | 17 de novembro de 2011 | 16:58
Pensando na vida cultural da cidade, não me parece saudável essa
concentração de casas noturnas em um bairro só. Espalhar a coisa pode
ser uma boa.
Além disso, esta pode ser uma boa oportunidade para mudar um péssimo hábito porto-alegrense: shows que começam sempre no dia seguinte… ;)
Cabe ainda ressaltar que essa aglomeração de bares é responsabilidade também da Smic.
Além disso, esta pode ser uma boa oportunidade para mudar um péssimo hábito porto-alegrense: shows que começam sempre no dia seguinte… ;)
Cabe ainda ressaltar que essa aglomeração de bares é responsabilidade também da Smic.
Carlos Magno Pereira | 18 de novembro de 2011 | 3:45
Muito bom este texto da Isadora Pisoni. Acredito que ela abordou
com propriedade a questão. Sou morador do Menino Deus. No entorno de meu
prédio há uma antiga casa noturna e uma galeteira. Há ocasiões em que a
movimentação e todo seu desdobramento se torna insuportável. Meus
planos são talvez até, já que quero paz e sossego, sair de Porto Alegre
para uma zona rural. Infelizmente o “vuco-vuco” do mundo urbano
subdesenvolvido é completamente às avessas a calma e tranquilidade
típicas das pequenas cidades do interior.
Thiago | 18 de novembro de 2011 | 12:13
Olha, em cidades como Londres há muito tempo já houve uma
regularização de horário pros pubs e bares. Todo mundo sai entre às 18h e
meia noite, e ponto final. Eu acho que se todo mundo entender que a
Cidade Baixa é na maior arte do tempo uma zona RESIDENCIAL e não uma
“zona boêmia”, como gostam de repetir, chegar-se-á a um meio termo. O
movimento nos bares aumentou muito nos últimos anos. Hj em dia, todo
mundo tem cartão de crédito pra pendurar a sua ceva e a sua batata
frita. Não dá pra ficar disfarçando a coisa com esse papo de “cena
cultural” pq isso não existe mais há muito tempo aqui na Cidade Baixa. O
que se vê é uma cena de consumo noturna se expandndo em ritmo
acelerado. Os estabelecimentos lotam de terça a domingo e tem gente que
passa a semana sem dormir por causa disso. E o problema não é só na
frente dos bares, pois o movimento de saída do pessoal se extende até 4
ou 5 da manhã no meio da semana em toda a cercânia. Todo mundo quer
abrir bar e estava se lixando pra alvará até a semana passada pq a
prefeitura nunca fiscalizou. Eu não acho certo fecharem todos os bares
de surpresa. Mas tb não acho certo o bairro virar um parque de diversões
noturno, sendo que quem mora aqui não mora só de noite. Se o pessoal se
acostumar a antecipar o horário de funcionamento do final da tarde até a
meia noite, e não até às 4 da manhã, todo mundo vai ser contemplado.
Roberto S. | 18 de novembro de 2011 | 13:33
O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental define se um
bairro é residencial. E ,segundo o PDDUA, a Cidade Baixa não é
residencial.
Vinícius | 18 de novembro de 2011 | 14:03
A maioria dos moradores da Cidade Baixa tem grana pra pagar
aluguéis e condomínios caros. Sabe aquela classe média nojenta e
nostalgica da ditadura que odeia gente “diferenciada” entrando no seu
território? Parece esse o caso. Para muitos, e eu faço parte dessa
galera, bares como o Élio, o Mister X e o Villa Acústica são os únicos
que oferecem bebida e entretenimento barato para socializar com os
amigos depois de uma semana cansativa de trabalho (mal pago).
Dilmão | 18 de novembro de 2011 | 16:43
“”Olha, em cidades como Londres há muito tempo já houve uma
regularização de horário pros pubs e bares. Todo mundo sai entre às 18h e
meia noite, e ponto final. …”…que bela compraração…em Londres anoitece
às 16 horas e amanhece 5 horas…e outra, cidade baixa não é zona
residencial e sim mista e em certos pontos comercial…essa é a capital
cultural do mercosul….somos o fim do Brasil e nem corredor pro norte
somos mais….vão pro ctg e aquele brick loteado pelo walmart…é só o que
resta nessa porto alegre ridícula…
Caio Britto | 18 de novembro de 2011 | 17:01
Então gente. Como já foi dito ai em cima, a Cidade Baixa não é um
bairro residencial, conforme o próprio plano diretor, é um bairro misto.
Muitas pessoas procuram o bairro cidade baixa para morar justamente por
essa caracteristica de bairro boêmio. O próprio relato que vi sobre a
participação dos moradores na audiência com o prefeito, mostra isso, nem
todos os moradores estão de acordo com essa política tacanha de
fechamento de bares.
A questão é que o código de condutas urbanas de Porto Alegre é extremamente ruim, permitindo inclusive a interdição de um local mesmo sem irregularidades, em atos descricionário do secretário.
O que está em jogo não são só os bares, mas os empregos de quem trabalha, a padaria pode ser o que quiser, mas tem gente trabalhando ali, o bar, pode ser sujinho, mas tem gente trabalhando ali. Quem defende fechar os bares não tem idéia da recessão que um fechamento desse porte pode gerar na cidade. Estamos falando de economia. Eu moro na João Pessoa, os carros e ônibus me infernizam na madrugada, é mais barulhento que morar na cidade baixa, com certeza, mas não estou pedindo o fechamento do transito na João Pessoa. Esses são inconvenientes de morarmos em grandes cidades, infelizmente.
Quanto aos que propõem descentralizar, pois bem, Porto Alegre tem bares e casas noturnas em várias partes da cidade, mas isso na verdade só aumenta o problema, pois é muito mais dificil manter uma casa noturna ou bar em uma vizinhança que não tenha mais bares por perto, logo essa casa seria fechada devido ao impacto de vizinhança gerado por ela. Isso só aumenta o problema.
Sem contar que em outro episódio, o secretário da Smic já fez inclusive juizo de valores sobre os frequentadores dos locais o qual fechou.
E vocês querem ver realmente o consumo de drogas ilícitas aumentar? É só fechar os bares, é só fechar o entretenimento, dai o pessoal vai pra casa se drogar…. Ai alguns poderão dormir tranquilos, ainda achando que é um sono dos justos.
A questão é que o código de condutas urbanas de Porto Alegre é extremamente ruim, permitindo inclusive a interdição de um local mesmo sem irregularidades, em atos descricionário do secretário.
O que está em jogo não são só os bares, mas os empregos de quem trabalha, a padaria pode ser o que quiser, mas tem gente trabalhando ali, o bar, pode ser sujinho, mas tem gente trabalhando ali. Quem defende fechar os bares não tem idéia da recessão que um fechamento desse porte pode gerar na cidade. Estamos falando de economia. Eu moro na João Pessoa, os carros e ônibus me infernizam na madrugada, é mais barulhento que morar na cidade baixa, com certeza, mas não estou pedindo o fechamento do transito na João Pessoa. Esses são inconvenientes de morarmos em grandes cidades, infelizmente.
Quanto aos que propõem descentralizar, pois bem, Porto Alegre tem bares e casas noturnas em várias partes da cidade, mas isso na verdade só aumenta o problema, pois é muito mais dificil manter uma casa noturna ou bar em uma vizinhança que não tenha mais bares por perto, logo essa casa seria fechada devido ao impacto de vizinhança gerado por ela. Isso só aumenta o problema.
Sem contar que em outro episódio, o secretário da Smic já fez inclusive juizo de valores sobre os frequentadores dos locais o qual fechou.
E vocês querem ver realmente o consumo de drogas ilícitas aumentar? É só fechar os bares, é só fechar o entretenimento, dai o pessoal vai pra casa se drogar…. Ai alguns poderão dormir tranquilos, ainda achando que é um sono dos justos.
Thiago | 18 de novembro de 2011 | 17:59
Se por definição do plano diretor o bairro não é residencial,
então, quem mora no bairro está em situação irregular, Dilmão? Porto
Alegre é a “capaital cultural do mercosul”, Dilmão? Tu buscou onde essa
definição, tb no plano diretor? Que fique bem claro, usei o exemplo de
Londres pra tentar buscar uma ideia alternatva pra haronizar o convívio
entre os bares e as residências. Isso evitaria que os alvarás ficassem
trancados e que os bares continuassem a ser fechados. O que não dá é pra
radicalizar, senão a brigada vai continuar fechando mesmo. Se não fosse
a parte residencial da zona mista, os bares não teriam se estabelecido.
Thiago | 18 de novembro de 2011 | 18:04
E outra pessoal, o que eu disse é que a Cidade Baixa é na maior
parte do tempo uma zona residencial. Obviamente isso não apela pra
nenhuma definição técnica. Acontece que as pessoas moram aqui, muitas
vezes pela localização central do bairro e não por causa dos bares. Eu
frequento os bares da Cidade Baixa regularmente, só não sou a favor do
abuso.
Jorge | 19 de novembro de 2011 | 4:32
Com esta sendo a fiscalização na Padre Chagas? algum bar
vistoriado? interditado? ou sera que a fiscalização só é na cidade baixa
e outros bairros, onde o publico frequentador não é tao dito “fashion”?
Isadora Pisoni - 21 de novembro de 2011 | 11:42
Não havia lido os comentários sobre o texto. Penso que nosso
primeiro grande ganho é trazer este debate à tona. Até então que ele
apenas acontecia de forma isolada, entre bares e prefeitura, entre
moradores e moradores.
Nossa cidade cresce mais a cada dia, o barulho, o trânsito cabe a
prefeitura em conjunto com a sociedade achar alternativas para não nos
tornarmos uma cidade insustentável!
Quanto as colocações sobre as “padarias noturnas”, quem deve
regrá-las? Em Porto Alegre temos a cultura das pessoas beberem nas ruas.
Não cabe a um ou outro dizer se é bom ou ruim.Fato é que se fechar um
local que vende bebida a baixo custo, outros abrirão é assim em diversos
locais da cidade.
Sobre a descentralização dos bares, as cidades devem sim ter diversos
locais de lazer m as porque então não descentralizamos teatros, cinemas
galerias de arte? Nas grandes metrópoles temos a diversidade de locais,
mas a concentração existe. Vejamos a Vila Madalena em São Paulo, local
de moradia com grande concentração de bares. Alguém já se perguntou como
é a convivência por lá? Como funciona essa relação entre empresários,
moradores e prefeitura?
Acho pertinente a colocação do último comentário questionando os
espaços que estão sendo fiscalizados, ainda não tive informação sobre
algum na Padre Chagas, e tenho certeza que por lá as coisas não andam de
acordo com a lei. Seré que todos espaços possuem isolamento acústico,
sanitários e rampas específicos para portadores de deficiência?
Neste final de semana tinha uma das bandas que trabalho num dos bares
que possue alvará de funcionamento noturno e adivinha: quem está de
acordo com os termos legais e não foi fechado agora sofre as
consequências do fechamento em massa que ouve… a ausência do movimento.
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